sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Mostra Internacional de Cinema de SP

A 35ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo ocorre de 21 de outubro a 3 de novembro, apresentando cerca de 250 títulos entre longas e curta-metragens e documentários. Focada na diversidade cinematográfica e na revelação de novos talentos, a Mostra traz ao público uma seleção ampla e eclética da produção cinematográfica mundial. Na abertura do evento, será feita uma homenagem ao criador da Mostra, Leon Cakoff, falecido no último dia 14.

Entre os filmes confirmados para a 35ª Mostra estão:
Perspectiva Internacional
"Era uma vez na Anatolia", de Nuri Bilge Ceylan - Grande Prêmio do Júri / Festival de Cannes 2011; "Fausto", de Aleksander Sokurov - vencedor do Leão de Ouro / Festival de Veneza 2011; "O amor não tem fim", de Julie Gavras; "Habemus Papam", de Nanni Moretti; "Como começar seu próprio país", de Jody Shapiro; "As neves do Kilimanjaro", de Robert Guédiguian; "Caverna dos sonhos esquecidos", documentário em 3D de Werner Herzog; "Mundo misterioso", de Rodrigo Moreno.

Mostra Brasil – Longas
"O céu sobre os ombros", de Sérgio Borges; "Olhe pra mim de novo", de Kiko Goifman e Claudia Priscilla; "O Palhaço", de Selton Mello; "Teus olhos meus", de Caio Sóh.

Mostra Brasil - Documentários
"A alma roqueira de Noel", de Alex Miranda; "Canções", de Eduardo Coutinho; "Construção", de Carolina Sá; "Vou rifar meu coração", de Ana Rieper; "Marighella", de lsa Grinspum Ferraz; "Vai-vai, 80 anos nas ruas", de Fernando Capuano.



Piteco, personagem de Mauricio de Sousa, no cartaz da Mostra

A Mostra apresenta também clássicos do cinema em cópias restauradas, como "Taxi Driver", de Martin Scorsese; "1900", de Bernardo Bertolucci; e "Laranja Mecânica", de Stanley Kubrick, que completa 40 anos de sua estréia. Para celebrar a data, será exibido o documentário "Era uma vez…Laranja Mecânica", de Antoine de Gaudemar, com entrevistas dos atores Malcolm McDowell e Warren Clark; da viúva do diretor, Christiane Kubrick, do produtor e cunhado de Kubrick, Jan Harlan, e do escritor Anthony Burgess, autor do livro “Laranja Mecânica”. Outras homenagens incluem o centenário do nascimento do compositor italiano Nino Rota, vencedor do Oscar de Melhor Trilha Sonora de 1974 por “O Poderoso Chefão II”. Rota também compôs trilhas para "La dolce vita" de Fellini e "O Leopardo", de Lucchino Visconti.

Dentro do ciclo “Os Filmes da Minha Vida”, personalidades do mundo do cinema como Jorge Furtado, Marcelo Rubens Paiva, Paulo José, Beto Brant, Selton Mello e Marçal Aquino, entre outros, oferecem depoimentos emocionais sobre filmes, atores e momentos que despertaram neles a paixão pela sétima arte.

Retrospectivas: a Mostra revisa a obra de três grandes diretores:
Elia Kazan (Istambul, 1909 - Nova York, 2003), duas vezes ganhador do Oscar de Melhor Diretor, por “A Luz é Para Todos” (1948) e “Sindicato de Ladrões” (1955, com Marlon Brando), é lembrado também por outro clássico protagonizado por Brando, “Uma Rua Chamada Pecado”. Ele recebeu ainda um Oscar Honorário, pelo conjunto da obra, em 1999. A Mostra terá a presença da viúva do cineasta, a escritora Frances Kazan.
Sergei Paradjanov (1924-1990) é considerado, hoje, um dos nomes mais criativos e originais da história do cinema soviético e mundial. Contemporâneo de realizadores como Fellini, Jean-Luc Godard, François Truffaut, Luis Buñuel e Michelangelo Antonioni, ele foi aprisionado pelo regime soviético durante cinco anos, por atacar em seus filmes os princípios do realismo socialista. Em 1964, Paradjanov lançou aquele que seria seu filme mais premiado, “Shadows of Forgotten Ancestors”. Na Mostra de São Paulo, o cineasta recebeu o Prêmio da Crítica da 11ª edição com o longa “A Lenda da Fortaleza Suram”.
Aleksei German (Leningrado, 1938) terá todos os seus filmes apresentados na mostra. Também vitima da censura stalinista, German filmou narrativas históricas e pacifistas premiadas em vários festivais internacionais durante as décadas de 70 a 90. Rodou seu primeiro filme, “The Seventh Satellite”, em 1967. Recebeu vários prêmios e em 1998 foi eleito Artista da Rússia pela revista People.

O Júri Internacional da Mostra é composto pelo diretor canadense Atom Egoyan, o escritor francês Frédéric Boyer, o diretor africano Mahamat Saleh Haroun, a roteirista Elisabeth Perceval e o diretor e escritor brasileiro Jorge Furtado. A 35ª Mostra é produzida pela ABMIC – Associação Brasileira Mostra Internacional de Cinema.

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